Qual é a raça de cão mais inteligente? Novo estudo traz descobertas surpreendentes (Freepik)
Um estudo recente publicado na revista “Biology Letters” desafiou a ideia de que o tamanho do cérebro está diretamente relacionado à inteligência de um cão.
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A pesquisa, que analisou 1.682 crânios de cães de diferentes raças, revelou que as raças de trabalho, como Huskies Siberianos e Rottweilers, possuem cérebros menores em relação ao tamanho do corpo, mas são mais fáceis de treinar e têm boa memória de curto prazo. Em contraste, raças de brinquedo, como Chihuahuas e Pomerânias, com cérebros maiores proporcionalmente, tendem a mostrar comportamentos como medo, agressão e ansiedade de separação, geralmente associados a inteligência mais baixa.
O estudo sugere que a criação excessiva de cães por seres humanos pode ter alterado a estrutura cerebral dessas espécies. A seleção artificial, focada em características específicas como disciplina e habilidades para tarefas como resgates, pode ter levado a essas mudanças.
A pesquisadora Ana Balcarcel destacou que os resultados são contra-intuitivos, pois, em outros mamíferos, o tamanho relativo do cérebro costuma indicar maiores habilidades cognitivas, algo que não se confirma no caso dos cães. A diferença de comportamento entre cães pequenos e de trabalho reflete essas mudanças no desenvolvimento cerebral.
Balcarcel também apontou que, mesmo com cérebros menores, as raças de trabalho demonstram uma maior capacidade de adestramento e memória, o que as torna mais “inteligentes” do ponto de vista funcional. Ela afirmou que a inteligência canina não deve ser medida apenas pelo tamanho do cérebro, já que os cães foram criados para habilidades cognitivas diferentes, dependendo da raça.
O estudo reforça a ideia de que cães com cérebros menores podem ser tão especiais e especializados quanto os de cérebros maiores, dependendo das necessidades e funções para as quais foram criados.
Fonte: The Jerusalem Post | Foto: Freepik | Este conteúdo foi criado com a ajuda da IA e revisado pela equipe editorial